Posted by : ONELIGHT quarta-feira, 10 de julho de 2013

Como podem ter percebido, música é um dos meus temas prediletos. Não que eu seja um exímio musicista, que entenda sobre escalas e combinações mil, enfim, não sei. Mas avalio e entendo música como um complemento entre composição, arranjo, inteligência, contexto inserido, atitude, entre outros atributos. Por isso não sou daquela opinião “faço para Deus, e não para os homens”. Se assim fosse não cobraria absurdos para as pessoas assistirem aos seus shows, ou venderia seu CD e se lançaria como artista. Se cobra, faz para homens sim, e merece ser julgado em quesitos “humanos”. 

Aí entro no cerne deste texto, artistas cristãos que cobram, e caro, por suas músicas. Deixo claro já no início, sou a favor de artistas que cobram por suas músicas, desde que os mesmos assumam que isso é o seu TRABALHO. Se tem algo que tira a minha paz de espírito, é a invenção de que para sustentarmos o ministério de alguém somos obrigados a contribuir com ele. “Ah, quero fazer a obra de Deus, por isso compre meu CD, venha ao meu show, não faça downloads da minha música, tem pessoas que trabalham neste ramo e se não tivermos compra nenhuma elas perderão o emprego, você não quer isso, quer?”. Quero. Não me conformo com o fato de que 80% do mercado fonográfico cristão nacional se venda para qualquer um, inclusive a “maléfica” Globo, e diga que é um ministério. É triste. É mais que triste, é errado. Ministério, nada mais é, do que servir a outros. Ora, como posso servir a outros se eu cobro por isto e impeço que MUITOS tenham acesso ao que ofereço como sendo “de Deus”, entre aspas mesmo. 

No fundo isso é quase uma máfia, veja um exemplo do artista X. Não citarei nomes para não ser polêmico. Segundo dados o sujeito cobra, em média, 50 mil por show. Peguei a agenda do indivíduo e vi que em Fevereiro ele fez nada mais, nada menos, que 20 shows. Agitada, a agenda. Fazendo uma conta simples, levando em consideração que ele deve ter sido gente boa, mas não muito pois ele está em alta, fiz uma média mais singela, 35 mil. 20 x 35 mil = 700 mil. Diga-se que nem todo o dinheiro vai realmente para ele, tem pagamento da banda, do empresário (deprimente), e outros custos. Digo que pelo menos 100 mil deva ter ido para o cara, sendo muito bondoso. Fora venda de CD, DVD, e blá blá blá. Isso é ministério? Não. Pois não serve a ninguém, a não ser a ele mesmo. Logo, não serve para nada. E não venha com esta de shows beneficentes e afins. Esses caras pensam em grana, escondem o evangelho dos mais necessitados, e ainda posam de amigos de Deus. Se descubro que o cara é desse tipo, e se nem ao menos reverte o mínimo que recebe em ações de justiça social, coisa que artista do mundo faz com maior frequência, simplesmente paro de ouvir e faço propaganda contra. Um dia faço uma lista completa e jogo “sujeira” no ventilador, mas isso é para outra conversa. 

Chegamos ao assunto que me levou a desabafar logo acima: Come and Live. Eles não são uma gravadora, exatamente. É um MINISTÉRIO que visa ajudar artistas cristãos a divulgar o seu trabalho livremente, alcançando vidas através da Palavra de Deus, sem aspas. O que exatamente fazem? Espalham a música dos artistas “conveniados” de graça, eu e você podemos baixar livremente, e incentivar nossos amiguinhos a baixarem também. Por que fazem isso? Para que o Reino cresça, e essas bandas tenham espaço de mostrar o seu trabalho. O seu lema/slogan é, give, love, share, revive (dê, ame, compartilhe, ressuscite). Claro que, como tudo no mundo, eles não vivem de ar e precisam de dinheiro, e o pedem, mas não te impedem de acessar o conteúdo. Isso não é uma obrigação, e sim, uma troca. Além do mais incentivam você a comprar material das bandas apoiadas, pois é o TRABALHO delas. E elas decidiram compartilhar o seu trabalho de graça em nome de uma causa maior, é uma opção louvável.


Bellarive
Entre as bandas tem muitas que são beeeeeem legais. Destaco as seguintes: Ascend The Hill, The Ember Days, Everett, Life In Your Way, Sobre Todo Nombre, See The Light, White Collar Sideshow e claro, Showbread. Algumas bandas apenas precisam de espaço para aparecer, outras apenas se cansaram desta porcaria de mundo e agora fazem músicas por amor, o caso do Showbread. Todas são legais, destaquei as que eu mais curto, mas você pode curtir outras. Além das bandas associadas, tem os amigos da Come and Live, que não fazem parte do “casting”, mas ajudam a divulgar a causa. Como o Sleeping Giant, Aaron Gillespie, Bellarive, MyChildren MyBride, Parachute Band, entre outras. 

Achar este grupo foi algo que me deu alegria e sobrevida. É muito bom saber que existem bandas que não se importam somente com o dinheiro, mas com o Reino, em primeiro lugar. 

Acesse o site: comeandlive.com 
Baixe as músicas, divulgue para os seus amigos, espalhe o amor.

Escrito por Diego Giandomenico

Ministério de Comunicação

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