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Posted by : Andressa Fraga
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Cinema. Quem não ama? Seria estranho em demasia imaginar o mundo moderno sem a representação do nosso cotidiano através das ‘telonas’. É difícil, pois o cinema influenciou e influencia muitos no mundo inteiro. Não só por costumes ou mesmo por quebras de conceitos e preconceitos. Mas por criar um mundo onde nada é impossível. O que mais me chama a atenção em uma história contada no cinema é que ela te traz a um novo mundo, ou mesmo uma nova concepção de vida. Cada filme é uma experiência nova, e todos, em teoria, nos acrescentam algum valor relativamente significante.
Pois bem, não posso começar uma seção nova sem comentar, com extrema superficialidade, como o cinema surgiu e alguns nomes e movimentos que já tivemos. Por diretores vale ressaltar alguns deles que todos deveriam, em um mundo legal, ter visto ao menos um filme. Geroge Méliès, Orson Welles, Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick, Martin Scorcese, Steven Spielberg, Quentin Tarantino, Woody Allen, Francis Ford Coppola, John Ford, etc. São muitos nomes. Vale lembrar que o expoente do cinema nem sempre foi os EUA, mas, sim, a França. Aliás, muitos países têm produções belíssimas, que merecem ser vistas. O meu foco, diga-se de passagem, vai ser um pouco mais na cinematografia da Europa/Ásia/Brasil do que a americana. Não por um cultismo chato, mas porque vale a pena ver obras de outros lugares que tão pouco temos acesso.
Então, começarei com uma obra alemã. Na verdade a Alemanha tem um tipo de cinema bastante peculiar, ou, se assim preferir, esquisito. Tanto que o expressionismo alemão do início do Séc. XX tinha uma obscuridade bem forte, além de seus enquadramentos esquisitos, assimétricos. Um mundo realmente paralelo, beirando o surrealismo em alguns aspectos. Tem uma obra bem legal desta época: O Gabinete do Doutor Caligari, inclusive está disponível para ser visto no Youtube, que é muito legal. É mudo. Então não espere efeitos sonoros dos mais variados. É preto e branco. Então não espere um “show” de cores, obviamente.
O filme que irei recomendar se chama “A Onda” (Die Welle). Em um esquema simples de entender contarei o filme. O professor pouco convencional, Rainer Wenger, é colocado em um projeto semanal sobre autocracia, contra a sua vontade, pois tinha se preparado para dar aula de anarquia. Ao que tudo indica este projeto visava mostrar aos alunos sobre como a democracia é legal. Para isso, fazia os alunos conhecerem outras formas degoverno. A autocracia, era complicada, pois era ela que regia o regime nazista, por exemplo. E ele teve uma brilhante ideia. Ao invés de pura e simplesmente falar sobre a autocracia durante uma semana, ela decidiu fazer com que os alunos vivessem aquilo.
E jovem, sabe como é, afunda de cabeça em tudo que participa. E logo transformam a aula de autocracia em um grupo, seguindo as ordens do professor. E chamam este grupo de A Onda. Óbvio que isso começou a passar das fronteiras estudantis e tomou conta da vida daqueles alunos, principalmente de Tim. Ele era solitário, e rejeitado. Teve na Onda, sua chance de ser aceito. E passou dos limites. Aliás, todos passaram. Se envolveram em brigas com anarquistas, picharam pelos muros da cidade, fugiram da polícia. Uma zona. E então, após a uma grande briga em um jogo de Polo Aquático, o professor Wenger chama a todos em um auditório e fala sobre a Onda. O final eu deixo para vocês, seria muito Spoiller falar sobre tudo.
O que quero falar é que o filme é, em gíria cinematográfica, muito bem amarado em seu roteiro. Apesar de ser pesado, ter um clima denso, ele te leva tranquilamente ao final. Não deixa de ser tenso, e surpreeendente, mesmo se tratando de uma história baseada em fatos reais. Mesmo que essa história tenha se passado nos EUA e em 1967, e aqui está o mérito dos produtores do filme. Trouxeram um tema complicado para um país que viveu aquilo de perto, e mostrou que o ser humano ainda pode sim, ser levado ao extremismo.
Extremamente recomendado. E quem quiser este filme encontra-se disponível no Youtube, legendado. Porque filme dublado é para crianças de até 6 anos de idade. Aproveitem.
Escrito por Diego Giandomenico
Ministério de Comunicação